No segundo artigo de sua constituição, o México define-se como uma nação pluricultural, em reconhecimento aos diversos povos indígenas que habitam em seu território. A Comisión Nacional para el Desarrollo de los Pueblos Indígenas (CDI ou em "Comissão Nacional para o Desenvolvimento dos Povos Indígenas") considera que a população indígena mexicana é de cerca de doze milhões de pessoas, o que corresponde a aproximadamente 11% dos 90 milhões de mexicanos que se registraram no I Conteo de Población (1995).[1]
Em contraste com outros países da América Hispânica, onde os povos indígenas correspondem em sua maioria a um só grupo lingüístico, cujo idioma divide o status de língua oficial com o espanhol, no México existem cerca de 62 povos indígenas que falam entre 62 e mais de uma centena de línguas diferentes (dependendo da fonte consultada). Como parte da Ley de Derechos Lingüísticos de los Pueblos Indígenas do artigo 2º da Constituição do México, as línguas destes povos são reconhecidas como línguas nacionais, na mesma categoría que o espanhol, mas, na prática, seu uso oficial é extremamente limitado: publicação de algumas leis, educação bilingue nos níves mais baixos e publicação de materiais de divulgação.
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